domingo, 22 de setembro de 2013

Uma ida ao Rio Tejo (Agosto)



Estando de férias, do trabalho, é claro, tentei aumentar a distância semanal percorrida em treinos, e com sucesso, posso desde já dizê-lo, tentei por isso treinar dia sim, dia não. No entanto, o aniversário do meu filho mais novo obrigou-me a fazer uma pausa de dois dias antes de novo treino.


Enquanto aqui estive ouvi falar de uma caminho que havia sido parcialmente asfaltado (cerca de 2,6 kms) e que depois continuava através de um caminho de terra batida até terminar junto de um ancoradouro no Rio Tejo, qualquer coisa como uma distância total de 5,5 kms.


As indicações que me foram dando era que este percurso era essencialmente a descer no percurso de ida e consequentemente a subir no percurso de volta. Estava na cara que tinha que o fazer pois parece que percursos com retornos a subir são o meu fado, mesmo quando treino perto de casa. Mas pior do que isso, diziam-me que a descida ao Rio Tejo, na sua parte final era bastante ingreme, o que faria com que encontrasse uma parede no regresso.


Depois de dois dias de descanso, era dia de ir treinar no trilho que iria dar ao Rio Tejo. Mas como estava de férias, sem sempre é fácil acordar cedo para ir correr, e nesse dia não consegui acordar antes das 9h30m da manhã, pelo que o treino iria começar perto das 10h.


Atendendo a que queria habituar-me a correr com temperaturas elevadas esta hora iria servir esse objectivo, até porque o calor já se começava a fazer sentir ainda que o dia estivesse um pouco menos quente que os anteriores. Apesar de levar 500 ml de água comigo estava na cara que iria ser um treino duro, quer pelo calor que se adivinhava, quer pelo retorno a subir e das supostas paredes de que me haviam falado, quer pelo facto de não ter tido tempo para tomar o pequeno-almoço, pois se o tivesse feito significava que teria ido correr logo a seguir, pelo que a opção foi simples: treinar em carência.


A primeira parte do treino, em terreno asfaltado correu bastante bem, pois sentia-me leve e com bastante energia, mesmo estando em jejum, o que sem dúvida também se deveu ao declive descendente do percurso. Mas quando ainda tinha corrido cerca de 1,5 kms, ainda no asfalto, surgiu-me um pequeno imprevisto, algo que estava completamente fora do meu controlo e que pode acontecer a qualquer um quando corre por sítios isolados, ou nem por isso, e por sítios desconhecidos, ou nem por isso.


Apesar de o treino estar a correr bem ouvi um barulho estranho atrás de mim, e quando olhei para trás estava a ser seguido por um cão preto grande, que há uns metros atrás me tinha ladrado do lado de dentro de um cercado que por ali havia. Podem imaginar o susto que um gajo apanha quando olha para trás e vê um cão, que penso fosse um cão guardador de ovelhas.


A minha primeira reacção foi tentar enxotá-lo, mas tal não resultou e tive que recorrer a métodos alternativos, e sem dúvida mais eficazes, pois o cão fugiu e começou a voltar para trás.Recomecei a correr e passados 50 mts voltei a olhar para trás e ainda que este continuasse a seguir-me, se bem que mais longe, tinha-se-lhe juntado um “compadre” que vinha a toda a velocidade. Ora o que funciona uma vez tende a funcionar outra, pelo que recorri aos mesmos métodos, outra vez com êxito, pois fugiram os dois.


Depois deste imprevisto, era altura de continuar o treino. Depois do troço em asfalto seguiu-se um caminho de terra batida por entre um eucaliptal recentemente cortado, mas que na última parte do percurso antes da vertente que ladeava o rio ainda proporcionou alguma sombra.
 
Ao chegar ao cimo do monte e avistar o Rio Tejo, bem como as partes visíveis do caminho ao longo da encosta, dava para antever o que seria o retorno, o que viria a confirmar enquanto as descia.





A recompensa de chegar ao Rio Tejo e a meio do treino:







Chegado ao rio era tempo de fazer uma curta paragem, para apreciar a paisagem, tirar algumas fotografias e beber, pela primeira vez, um pouco de água, e preparar a subida daquelas “paredes”, e que “paredes”. Já ouvi falar dum trail chamado “Oh, meu Deus”, e sem bem que este não se compare, confesso que me apeteceu dizer: “Oh, meu Deus!”.

Ficam aqui umas fotos daquilo que me esperava no regresso.








Tiradas as fotografias e tendo bebido um pouco de água decidi recomeçar o retorno e lá comecei a correr “parede” acima, mas aquilo era uma “parede” e com aquele calor não consegui mais do que 200 mts a correr, pois as pernas não respondiam e sentia o peito a “arder” tal o calor e o esforço que a subida exigia. Mas quando não podes correr, anda, e assim o fiz subida acima. Passados cerca de 400 mts retomei outra vez a corrida e consegui mais uns 200 mts, mais coisa menos coisa, mas tive que voltar a andar até ao final da subida, pois era mesmo muito duro.

Chegado ao topo, retomei a corrida para fazer o percurso final que eram mais ou menos 5 kms, essencialmente a subir, se bem que menos ingreme, mas com grandes partes de subida contínua, como por exemplo o troço em asfalto que eram cerca de 2 kms sempre a subir.





O percurso e o calor tornaram este treino bem duro como o demonstra o tempo que demorei a fazê-lo (1:20’ 49’’) que se traduziu numa média de 6,7 min. / km, mas no final senti-me muito bem por o ter conseguido.

Agora era tempo de descansar.




Treino: Percurso Rio Tejo
Distância: 11 kms
Temperatura: 30ºC a 33ºC
Tempo:  1:20’ 49’’

Média: 7,3 min. / Km


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